O Altcore agora é Intermídias!

O Altcore agora é Intermídias!
O Altcore deu lugar a um novo blog, confira. O Intermídias é um espaço para se perceber, analisar e discutir as mudanças que as inovações tecnológicas, e os próprios os meios digitais, trazem à comunicação – em especial à prática publicitária.

What the trend?

Quais são as tendências de hoje?

Para saber isso basta dar uma olhada nos Trending Topics do Twitter - nada mais natural hoje, que o serviço virou mania. Mas, para saber o porquê dessas tendências serem tendências você precisa ter um pouco mais de background cultural - e perde-se, pelo menos, quinze minutos para ganhar isso procurando no Google - ou dar um olhada no What The Trend?.

Apesar de ser bastante parecido com outros serviços, como o próprio Trending Topics ou o Twitter Search, ele além de buscar quais são os tópicos mais abordados na internet ele explica cada um deles - e ainda mostra os último tweets, fotos no Flickr e matérias relacionadas.
Vale a pena conferir: What The Trend?.


Referências: What The Trend?.

Notebook e massas de modelar?!

Criatividade é tudo.

O conservadorismo, definitivamente, está em baixa e a experimentação nos meios digitais, ou mídias alternativas como classificam alguns (subversivos), se mostra cada vez mais essencial.
A Samsung é um exemplo de como essas experimentações podem ser realmente interessantes. Ultimamente, a empresa não tem deixado passar seus lançamentos sem um viralzinho e já começa a ser "calendarizada" pelos curiosos.

O último é um vídeo muito legal, com efeitos de hologramas e animações muito trabalhadas com "massinha de modelar", criado para divulgar o Mini-notebook N310.


Experiências... nem sempre explodem na cara do inventor.

Referências: Samsung mostra notebooks de massinha em novo viral.

Apple leva prêmio no Webby Awards: como assim?!

Eu não acredito.
Simplesmente não acredito.

No final do ano passado, mas especificamente em 22 de Dezembro, dediquei uma postagem deste blog à crítica de uma peça publicitária do iPod Touch bastante infeliz, veiculada no portal Yahoo! Games. Por que infeliz (e por que eu dediquei uma postagem a ela)? Porque - como eu disse na época, e, não importa o que aconteça, continuarei dizendo - a peça é "uma cópia do viral do Wario Land para Nitendo Wii". Só por isso. Vejam (ambos):

O original
A cópia

Os grandes publicitários da agência TBWA\Chiat\Day - e falo "grandes publicitários" sinceramente, sem qualquer ironia - ao conceber “Funnest”, a peça em questão, apenas substituiram uma animação (ao invés dos elementos da página caírem, eles seguiram os movimentos do iPod Touch) e voi a lá!

Mas nisso eu consigo acreditar - é muito fácil acreditar em plág... inspiração (severa). O que eu não consigo acreditar é que este poço de originalidade conseguiu, efetivamente, levar um prêmio para a Apple: “Funnest” concorreu (e ganhou, claro) na categoria Comerciais Online da 13ª edição do Webby Awards — prêmio que, nas palavras do Filipe Alvarenga, do blog MacMagazine, é considerado o “Oscar da Internet”.

Desta vez não haverá o típico comentário final que eu sempre faço no post, pois não há o que comentar. É isso, por mais ridículo que seja, e acabou.

Referências: Apple é campeã em uma das categorias do Webby Awards 2009 e Peças virais e outras não-tão-virais-assim.

Revendo "A Era do Mobile Marketing"

Um ensaio, um pôster e uma apresentação de slides.
Agora, todos juntos. Sob outro olhar.

O impacto que o desenvolvimento tecnológico causa na comunicação pode ser caracterizado, no mínimo, como traumático. As possibilidades de um mundo (interconectado) aberto e interativo é um divisor de águas que demarca a passagem de uma era baseada na massificação para uma nova realidade cuja a perspectiva da individualização se mostra bem mais interessante. Para a publicidade, essa proliferação dos meios e das formas de comunicar se torna quase caótica: no dito “horário nobre” a televisão já não mais concentra plenamente a atenção dos lares brasileiros e muito menos para-se para ouvir rádio, senão em trânsito. Há então a questão que rouba incontáveis fios de cabelo das cabeças dos publicitários: como, efetivamente, chamar atenção?

Frequentemente neste blog eu referencio (via link) o ensaio intitulado "A Era do Mobile Marketing: Cadê o Up da publicidade nos dispositivos móveis?", feito por mim - este ensaio, cujo primeiro parágrafo está logo acima. Por mais que eu concorde que auto-citação é algo bastante pedante, eu o faço pois o número de novos visitantes do blog é bastante significativo, então suponho que eles gostariam se aprofundar-se um pouco mais no tema (e não conhecem o texto). Não tem jeito, toda vez que discorro sobre algum assunto relacionado termino citando-o, seja fidedignamente ou apenas enxertos\conceitos pontuais.

Do dia 11 ao 13 de novembro, no Seminário Interativo Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal da Bahia, foi apresentado por mim um pôster derivado do supracitado ensaio - como já comentei anteriormente.
(clique para aumentar)
Finalmente, enquanto atualizava meu perfil no SlideShare, que estava bastante defasado, me esbarrei com uma apresentação de slides do mesmo texto que fiz para pô-lo em discussão em um dos grupos de pesquisa que participo - assim como me esbarrei com uma série de apresentações (algumas medíocres, admito) que fiz para tantos outros trabalhos da faculdade.

Quiz então, reunir aqui o ensaio em questão com todos seus "subprodutos" para um olhar mais atento - tanto meu quanto de vocês, meus leitores. Depois de quase nove meses voltando, tantas vezes, ao texto, percebi o quanto ele ainda é passível de melhorias e, principalmente, atualizações.

A minha atividade no blog atualmente está fraca, mas garanto que é puramente por questões "acadêmicas". Tenho muitas pautas e alguns planos, bem interessantes, já traçados para o blog e, assim que estiver com mais tempo livre, vou pô-los em prática - vocês não têm idéia do quanto estou ancioso por isso.

Mobile: internet, design e marketing

A mobile internet é a mesma internet que nós conhecemos? Não, não é.
A mobile internet (vulgo internet móvel, em bom português) tem um diferencial que pode (e vai) alterar completamente a sua utilização: a portabilidade.

Nossos aparelhos celulares, principais dispositivos de acesso à internet em um futuro próximo (segundo previsões), não são computadores, apesar de concentrarem várias de suas funções. Vamos às diferenças mais básicas: computadores possuem telas e teclados grandes, acompanhados de conexão rápida (e estável) à internet - o que, segundo John Pettengill, designer de interação da Razorfish, dá lugar a uma internet "desleixada", ou seja, sem maiores preocupação com o caráter sintético de seu conteúdo ou até mesmo da atenção do usuário - já os telefones celulares são exatamente o oposto, têm telas e teclados pequenos (ou minúsculos) e a conexão não possui um nível elevado de qualidade - o que não deixa brechas para desleixos, a informação tem que ser passada de forma objetiva e atraente, ainda que, para isso, os processos comunicacionais sejam simplificados ao máximo.

O que não pode (ou deve) acontecer é que essa informação não seja transmitida - e é exatamente isso que está acontecendo com os mobile websites. Pettengill critica o design atual das páginas para internet móvel, uma miniaturização dos sites "normais" - e a retirada do conteúdo, que possibilita o feito - e põe em pauta tendências para um novo design voltado à esta "nova" internet.

O European Youth Trend Report (2009) é um relatório que apresenta (algumas) novas tendências de comportamento observadas nos jovens que residem os países do continente europeu. É interessante ver como a utilização da internet, dos dispositivos móveis e de ambos em conjunto por estes jovens apenas confirma nosso pensamento anterior:
Vamos manter nossa atenção nos fatos que: a internet é o principal passatempo de 67% dos jovens europeus; 70% dos jovens espanhóis fazem o download de filmes completos, enquanto outros 35% alimentam a internet com videoclipes; o nível de intimidade dos jovens com essas tecnologias é tão grande que 12% dos jovens britânicos e 42% da turquia alegaram já ter realizado strip-tease em frente a uma webcam. Quando falamos do aparelho celular em si temos estatísticas bem interessantes também: menos da metade dos jovens belgas usa seu telefone celular para, efetivamente, ligar para alguém; no Reino Unido, 60% querem ter mais opções de chat em seu aparelho; 68% dos jovens espanhóis tiram fotografias de si mesmos em seus celulares e 28% deles as enviam para alguém. É um fato: a conectividade é a principal tendência da juventude européia hoje - e da mundial amanhã. Vamos considerar este cenário.

Segundo John, os mobile sites de hoje em dia são apenas páginas da internet com menos funcionalidade, conteúdo e formas de navegar por este escasso conteúdo - ou seja, menos tudo. Versões "móveis" de sites grandes (tanto em porte quanto em extensão territorial de relevância, digamos assim), são necessários, é claro, mas eles só oferecem a mesma internet "velha", sem o principalmente fator que caracteriza a internet móvel: o contexto. O local, este sim, é o fator constituinte desta nova forma de internet; o fator contextual é a principal mudança de quando acessamos a internet parados, concentrados em nosso computador, para quando o fazemos a partir de um aparelho celular. A mobilidade afeta a tal ponto nossas vidas que muda a nossa própria concepção de espaço - o problema é que isso não é perfeitamente compreendido, ainda.

Como observamos acima, com o apoio das estatísticas, os jovens já desenvolvem usos para essa contextualidade - não só eles mais a grande maioria dos usuários de dispositivos móveis. Se percebemos perfeitamente que são duas formas distintas de internet, porque dar aos usuários a mesma coisa? Essa é a pergunta de Pettengill; e, colocando a coisa toda em nossa área de interesse, a minha pergunta é: porque não nos apropriar destes usos para fazer publicidade de forma mais relevante? Talvez mais contextual e mais interativa...

Com isso em vista - e inspirado pelas reflexões do Leonardo Xavier sobre a pontomobi e o que ela faz, no blog Mobilizado - vamos pensar (mais e) melhor sobre mobile marketing. O que é mobile marketing? Parece bastante óbvio: é desenvolver estratégias de marketing especialmente para serem aplicadas em aparelhos celulares; mas, talvez, a questão não seja tão simples assim. Partindo do conceito que o "celular é meio. E como meio, pode ser pensado em 2 grandes frentes: (1) meio de conexão entre marca e consumidor e (2) meio de concentração de audiência." Xavier culmina na conclusão de que ele é um "tradutor das melhores ferramentas e possibilidades do mundo mobile para os objetivos de comunicação e marketing das agências e seus clientes".
Desta forma, se o mobile marketing tem o aparelho celular como um "meio" (ainda que essa concepção seja bastante discutível, mas vamos adotá-la como maneira simplória de analisar a situação) e o acesso à internet (movel) é a maior perspectiva futura para o aparelho, devemos pensar em iniciativas de um "mobile" marketing que agora também deve englobar a produção de "interatividades no meio celular" a partir da internet móvel.

Deixo registrados meus agradecimentos ao Tarcízio, do Imagem, Papel e Fúria, pela recomendação do slideshow do John Pettengill, pontapé inicial para este texto.

Referências: How To Save The Mobile Web, European Youth Trend Report e O que eu faço mesmo?.
Leituras adicionais: Tendências do Mobile Marketing/Advertising e A Era do Mobile Marketing.